Banco de Alimentos
O programa Banco de Alimentos faz parte dos programas sociais de várias Ceasas brasileiras e, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), municípios, SESC Mesa Brasil e/ou outros, contribui para o estímulo à doação e combate ao desperdício.
O Banco de Alimentos funciona como uma central de recepção, tratamento e distribuição de produtos alimentícios, provenientes de doações de empresas de diversas áreas, entidades assistenciais e agentes do governo. Pela própria natureza de suas funções, tem nas Ceasas parceria fundamental para o alcance de seu objetivo de proporcionar aos beneficiados (pessoas em situação de insegurança alimentar) complementação alimentar, com produtos selecionados, fontes de nutrientes importantes à manutenção e/ou recuperação da saúde. Creches, instituições de assistência, asilos, associações beneficentes, dentre outros, fazem parte da clientela que deve ser cadastrada no Banco para acompanhamento e recebimento das doações.
Classificação
A classificação é um importante processo realizado no pós-colheita de produtos hortigranjeiros, que consiste, de maneira geral, na separação do produto por cor, tamanho, formato e qualidade.
Por força da Lei nº 9.972, de 25/05/2000, a classificação é obrigatória para os produtos vegetais, e todo o seu processo de fiscalização, supervisão técnica, normas e controle estão a cargo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A principal vantagem da classificação é agregar valor ao produto, já que, produtos selecionados e colocados em um mesmo lote podem alcançar melhores preços, em função da sua qualidade. Também contribui com a destinação dos produtos, inclusive àqueles com menor qualidade, porém seguros e saudáveis, que podem atender os consumidores focados no melhor custo-benefício, atingindo nichos específicos de mercado.
Embalagem
A função da embalagem é proteger o produto, principalmente contra danos mecânicos, e agrupar produtos em tamanho adequado, mantendo a higiene e a qualidade para o mercado e manuseio. No entanto, o Brasil perde em torno de 20% a 30% dos seus produtos hortigranjeiros desde a produção até o consumidor final. Dentre as causas de perdas pós-colheita de hortaliças e frutas no país, as mais importantes são o manuseio e o uso de embalagens inadequadas.
A caixa tipo “K”, embalagem conhecida por ter sido usada para transportar querosene durante a segunda guerra mundial, até hoje são muito utilizadas para transporte e acondicionamento dos produtos hortigranjeiros. O uso da caixa tipo “K” apresenta diversas desvantagens, como: superfície áspera, injúrias mecânicas, medidas externas não paletizáveis e facilidade de transmissão de algumas pragas e patógenos.
A utilização de embalagens adequadas, como previstas na Instrução Normativa conjunta nº 009/2002 da SARC, IPEM e ANVISA, promove o melhor aproveitamento dos produtos por parte dos produtores, atacadistas e varejistas, bem como aos consumidores, que têm acesso a produtos mais saudáveis, isentos de danos mecânicos e da presença de pragas ou doenças.
Aspectos que devem ser observados para o uso de embalagens adequadas:
- As dimensões externas devem permitir empilhamento, preferencialmente, em palete, com medidas de 1mx1,20m;
- As embalagens devem ser mantidas íntegras e higienizadas;
- As embalagens podem ser descartáveis ou retornáveis, porém as retornáveis devem ser resistentes ao manuseio a que se destinam e às operações de higienização, não podendo tornar-se veículos de contaminação;
- As embalagens devem estar de acordo com as disposições específicas referentes às boas práticas de fabricação, ao uso apropriado e às normas higiênico-sanitárias relativas a alimentos;
- As informações obrigatórias de marcação ou rotulagem, referentes às indicações quantitativas, qualitativas e a outras exigidas para o produto, devem estar de acordo com as legislações específicas estabelecidas pelos órgãos oficiais envolvidos;
- As embalagens devem conter a identificação do fabricante ou do fornecedor.
Resíduos Sólidos
Do ponto de vista econômico, o resíduo é definido como um material descartável sem valor, contudo, ambientalmente, os resíduos sólidos diferenciam-se do termo lixo por possuírem um valor econômico agregado, já que é possível reaproveitá-los durante seu processo produtivo.
Atualmente, existem poucos estudos que informam a quantidade de alimento considerado resíduo que é descartada nas Ceasas e que, uma vez caracterizada, poderia ser melhor aproveitada por meio de tecnologias de baixo custo. De um modo geral, as Ceasas, nacionalmente, têm destinado sua produção de resíduos sólidos para aterros sanitários. Essa realidade fortalece a necessidade de se reaproveitar os resíduos sólidos com o intuito de minimizar os impactos ambientais causados pelos lixões, além de favorecer a redução da poluição do solo, da água e do ar.
Algumas Ceasas têm feito uma coleta seletiva dos produtos orgânicos sem valor comercial, mas que ainda se encontram em perfeitas condições nutricionais para o consumo humano, para serem doados para programas de responsabilidade social.
Outra forma de solucionar esta problemática poderia ser a reciclagem dos resíduos orgânicos por meio da compostagem, por meio de técnicas especializadas de produção e intensivas em mão de obra capacitada.
Rotulagem
O rótulo em frutas e hortaliças identifica o produto, permitindo ao consumidor o conhecimento da origem do alimento que ele irá adquirir. A rotulagem é toda a inscrição, legenda, imagem ou material descritivo ou gráfica, escrita, impressa, estampada, gravada ou colada sobre a embalagem do alimento.
Conforme Instrução Normativa Conjunta nº 9, de 12/11/2002 , as informações obrigatórias de marcação ou rotulagem, referentes às indicações quantitativas, qualitativas e as outras exigidas para o produto devem estar de acordo com as legislações específicas estabelecidas pelos órgãos oficiais envolvidos.
Embora exista legislação em vigor sobre a rotulagem de frutas e hortaliças in natura, ainda são poucos os produtos comercializados nos mercados atacadistas que possuem rótulos, dificultando, assim, o processo de rastreabilidade desses alimentos.
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